'Iron Dome': as forças de Israel contra os disparos de foguetes palestinos

O sistema de defesa antimísseis de fabricação israelense "Iron Dome" - ou Cúpula de Ferro -, que interceptou dezenas de foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza desde o início da operação "Barreira de Proteção", é único no mundo.


AFP

- OBJETIVO: destinado a conter os projéteis de curto e médio alcance (foguetes, morteiros) visando áreas habitadas, o sistema -- que não seria 100% eficaz, segundo os seus próprios criadores -- permite abater, em pleno voo, projéteis com alcance de 4 a 70 km.

- COMPOSIÇÃO: O "Iron Dome" possui atualmente seis baterias. De acordo com os especialistas militares, seriam necessárias 13 para garantir a proteção total do território israelense, o que levaria muitos anos.

Cada bateria é composta de um radar de detecção e monitoramento, de um software de controle de disparos e de três lançadores, cada um equipado com 20 mísseis de interceptação.



- IMPLANTAÇÃO: A primeira bateria foi instalada em março de 2011 na região de Beersheva, capital do deserto do Neguev, a 40 km da Faixa de Gaza. Cinco outras baterias foram posicionadas perto das cidades litorâneas de Ashkelon e Ashdod, ao sul da grande metrópole de Tel Aviv, e perto da cidade de Netivot, a 20 km da Faixa de Gaza.

- SERVIÇO: O sistema se revelou particularmente eficaz durante a ofensiva israelense "Pilar de Defesa" na Faixa de Gaza (14 a 21 de novembro de 2012).

Cerca de 1.500 foguetes foram disparados a partir da Faixa de Gaza. Os mísseis "Iron Dome", que são disparados apenas quando os foguetes ameaçam zonas habitadas, derrubaram 421 foguetes e falharam em 58 ocasiões, uma taxa de eficácia de 84%, segundo o New York Times.

- CUSTO: O "Iron Dome" é desenvolvido pelo grupo de armamento público Rafael Defense Systems, com sede em Haifa (norte de Israel) e é financiado em parte pelos Estados Unidos.

Israel anunciou ter investido um bilhão de dólares no desenvolvimento e na produção de suas baterias. O Pentágono previu um financiamento de 220,3 milhões de dólares para o ano de exercício orçamentário de 2014 e prevê 176 milhões para 2015, após 204 milhões de dólares em 2011 e 70 em 2012.

Cada disparo da bateria custa cerca de 50.000 dólares, segundo a imprensa. A adoção do sistema, decidida em 2005, precisou ser adiada em um primeiro momento para que os responsáveis pelo seu acionamento pudessem receber uma formação mais ampla, mas também porque era considerado caro demais.

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