Israel aceita proposta de trégua humanitária temporária, diz agência

Segundo agência Reuters, suspensão dos bombardeios seria de 6 horas.
Ao menos 215 palestinos e 1 israelense morreram nos 9 dias de guerra.


Reuters

Israel concordou nesta quarta-feira (16) com um cessar-fogo de seis horas na Faixa de Gaza por razões humanitárias, informou a agência de notícias Reuters. De acordo com a agência, que cita uma autoridade do governo, o país ainda não decidiu quando a trégua temporária iria começar.

O grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não comentou o assunto.

O apelo foi feito por uma autoridade da ONU, logo após o Hamas negar o acordo proposto pelo Egito para encerrar os nove dias de guerra em que 215 palestinos e um israelense morreram.

Crianças são mortas em ataque à praia de Gaza

Ataques de artilharia feitos por um navio de guerra mataram quatro meninos e deixaram um outro em estado grave em uma praia da Faixa de Gaza nesta quarta-feira (16), informou uma autoridade palestina do setor de saúde.

Ao ser questionado sobre o incidente, um porta-voz militar israelense em Tel Aviv disse que a informação estava sendo checada.

"As crianças estavam jogando futebol na praia. Eles tinham todos... menos de 15 anos", disse Abu Hassera, de 22 anos, que testemunhou as mortes. "Quando a primeira bomba atingiu o solo, eles correram, mas uma outra caiu em seguida", disse Abu Hassera, cuja camisa estava manchada de sangue. "Parecia que as bombas estavam indo atrás deles."

Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, afirmou que quatro dos garotos foram mortos e um quinto está em estado grave: "Esse foi um crime covarde", disse.

Os bombardeios israelenses com frequência têm como alvo praias de Gaza, que os militares de Israel dizem suspeitar ser áreas onde os militantes palestinos agem.

Israel fez nesta quarta-feira uma chamado à população de várias localidades da Faixa de Gaza onde residem mais de 100.000 pessoas para que deixassem a área, já que o país ameaça lançar uma ofensiva terrestre para tentar pôr fim aos disparos de foguetes.

Uma autoridade israelense afirmou que o ministro da Defesa pediu ao gabinete da de segurança do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que autorizasse a mobilização de mais 8.000 reservistas. Os militares dizem que cerca de 30.000 reservistas já foram convocados desde o início da ofensiva israelense, uma semana atrás.

Especialistas de Israel preveem avanços terrestres para destruir instalações de comando e túneis que permitiram aos palestinos, cujo poder de fogo é bem menor do que o de Israel, a resistir às ofensivas navais e aéreas sobre Gaza e continuar lançando foguetes.

A liderança política do Hamas rejeitou formalmente nesta quarta-feira um plano de cessar-fogo do Egito, disse um porta-voz do grupo, um dia depois que seu braço armado rejeitou a proposta e continuou lançando projéteis contra Israel, que interrompeu seus ataques por seis horas durante a terça-feira.

Pela manhã, a artilharia de Israel matou pelo menos sete palestinos, de acordo com autoridades de saúde de Gaza. No total, 207 palestinos morreram, na maioria civis, em ataques navais e aéreos israelenses, segundo os dirigentes palestinos, na maior irrupção de violência no conflito nos últimos dois anos.

Um israelense foi morto durante os ataques dos militantes de Gaza, que transformou em rotina diária para centenas de milhares de pessoas em Israel a corrida para os abrigos antiaéreos.


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