Primeiro israelense é morto em meio a tensão em Gaza

Com fracasso de cessar-fogo, Israel retoma ataques a Gaza


ANSA | Diário do Poder

Um civil israelense morreu hoje, dia 15, no Vale de Erez, lozalizado entre Israel e Gaza, por um disparo de morteiro lançado desde a Faixa. O homem de 37 anos é a primeira vítima do conflito em curso com o Hamas que teve início há alguns dias.


EPAApós recusa do Hamas, Israel voltou a atacar Faixa de Gaza (Foto: EPA)

Após seis horas de ataques unilaterais do Hamas, Israel retomou nesta terça-feira os bombardeios contra a Faixa de Gaza, já que o grupo palestino se negou a aceitar um cessar-fogo temporário proposto pelo Egito.

O pedido para interromper as hostilidades foi feito um pouco antes de uma reunião de emergência da Liga Árabe no Cairo. No entanto, a trégua foi recusada pelo Hamas, que exige um “acordo completo” sobre o confronto, o qual já dura uma semana e deixou quase 200 mortos.

O governo israelense tinha aceitado a proposta egípcia de cessar-fogo, que deveria ter começado às 9h locais (3h no horário de Brasília). Mas o braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, continuou disparando contra Israel. Cerca de 45 foguetes teriam sido lançados somente nesta manhã da Faixa de Gaza.

A ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, está nesta terça-feira em Israel. “A coisa mais importante neste momento é o cessar-fogo. A corajosa proposta do Egito foi recebida por Israel e espero que encontremos também uma resposta positiva da Faixa de Gaza”, comentou a chanceler.

Fontes do governo dos Estados Unidos, por sua vez, desmentiram rumores de que o secretário de Estado, John Kerry, viajaria ao Cairo para discutir a crise no Oriente Médio. “Não temos nenhuma informação sobre essa visita”, disse um porta-voz à ANSA.

O presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou a proposta do Egito e disse esperar que ela possa restabelecer a calma à região. O mandatário destacou que Israel tem o direito de se defender de ataques “inaceitáveis” do Hamas, mas ressaltou que a morte de “civis palestinos é uma tragédia”.

Enquanto isso, o número de mortos continua subindo e chega a 194. Os feridos são de aproximadamente 1,4 mil.


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