Quatro jornalistas estão desaparecidos no leste da Ucrânia

Um deles é um correspondente britânico de cadeia de TV russa.
Ministério disse acreditar que eles foram sequestrados.


France Presse

O ministério russo das Relações Exteriores informou nesta quarta-feira (23) o desaparecimento de quatro jornalistas, incluindo um correspondente britânico da cadeia pró-Kremlin de língua inglesa Russia Today.

"Na madrugada deste 23 de julho, quatro jornalistas, entre eles o correspondente da RT britânico Graham Phillips, e o cinegrafista da agência de notícias Anna News, desapareceram na zona de combates no leste da Ucrânia", indicou o ministério em um comunicado.

"Segundo nossas informações, eles estão sendo mantidos em cativeiro pelas forças ucranianas", afirmou, pedindo sua libertação imediata.

A RT havia anunciado pouco antes estar sem notícias do jornalista britânico.

Phillips, muito ativo no Twitter, havia indicado terça-feira (22) à noite na rede social "estar perto do aeroporto de Donetsk", chegando a comentar "que a noite será agitada".

"Nós pedimos a ele que não fosse ao aeroporto porque era muito perigoso", relatou a cadeia, que recebeu na madrugada desta quarta-feira a mensagem "All is fine" (Está tudo bem) do jornalista, antes de perder contato com ele.

"Estamos muito preocupados. Estamos procurando ele em todos os lugares. Ele foi visto pela última perto das posições ucranianas perto do aeroporto", relatou a um jornalista da AFP uma autoridade do serviço de imprensa da autoproclamada República Popular de Donetsk.

No final de maio, o britânico já havia sido interpelado pelos serviços especiais ucranianos por 36 horas quando fotografava um posto de controle perto de Mariopol, no sudeste da Ucrânia.

Os sequestros ou detenções de jornalistas no leste da Ucrânia são frequentes desde o início da crise entre os separatistas pró-russos e as forças ucranianas.

Anton Skiba, fotógrafo da televisão americana CNN, também teria sido sequestrado nesta quarta-feira em Donetsk, segundo o embaixador dos Estados Unidos na Ucrânia, Geoffrey Pyatt, que pediu em seu Twitter que "os separatistas parem os sequestros".


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