Índia faz expandir seu programa de mísseis

A dependência das importações de armamentos é capaz de se repercutir na capacidade defensiva da Índia. Os maiores navios ao serviço da Marinha – o porta-aviões Vikramaditya e o contra-torpedeiro Kolkata ainda não têm uma proteção aérea segura.


Nina Antakolskaya | Voz da Rússia

Os mísseis de artilharia anti-aérea de longo alcance Barak-2 que se deviam tornar uma parte integrante da DAA ainda não estão prontos. Uma empresa mista indiano-israelense, encarregada de concluir a criação desses mísseis ainda em 2011, pretende realizar testes finais apenas no fim do ano corrente.




Na foto: lançamento do míssil Akash (foto de arquivo)

Discursando, esta segunda-feira, na Conferência Internacional para a Aviônica Avançada em Hyderabad, Avinash Chander, conselheiro científico do Ministro da Defesa da Índia, disse que “o seu país se prontifica a expandir o programa de criação de mísseis”.

Convém notar que Chander, ocupando ainda o cargo de chefe da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento na Área da Defesa (Defence Research and Development Organisation, DRDO), anunciou que “nos próximos cinco anos, a Índia irá projetar cinco novos tipos de mísseis, inclusive os mísseis de cruzeiro e de artilharia antiaérea”. Ao mesmo tempo, a Índia “se empenha em elaboração de complexos de armas de luta anti-tanque”.

Os sistemas de luta antitanque móveis têm sido um segmento em desenvolvimento dinâmico no mercado de armamentos. Segundo cálculos de peritos, as despesas indianas com a aquisição de lança-granadas anti-tanque aumentarão dos 170 milhões de dólares, em 2014, para os 300 milhões, em 2020. Hoje, os contratos de compra de armas anti-tanque móveis estão sendo disputados por empresas de Israel e dos EUA, afirma Vladimir Shvarev, vice-diretor do Centro de Análise do Comércio Mundial de Armas:

“Os sistemas de mísseis de luta antitanque – o norte-americano Javelin e o israelense Spike – são muito seguros, fazendo concorrência no mercado indiano. Todavia, o governo do país optou pelo lema de “projetar e produzir artigos nacionais” também na esfera militar.

Projetistas indianos compreendem a necessidade e as perspectivas de luta concorrencial. Por isso, no futuro próximo, o Exército vai adquirir os Spike israelenses ou os Javelis fabricados pelos EUA. No entanto, dentro de alguns anos, os especialistas da DRDO esperam criar um sistema de mísseis análogos.

Muitas empresas indianas acumularam uma experiência sólida na projecção de mísseis que já foram postos em serviço. Trata-se de uma “família” de mísseis balísticos Agni, mísseis táticos Prithvi, os de luta anti-navios Dhanush e os sistemas de fogo simultâneo Pinaka. Após as provas e avaliações positivas de peritos, entraram em serviço os mísseis de artilharia antiaérea Akash. Os mísseis de cruzeiro supersónicos BrahMos, criados por uma empresa russo-indiana, não têm análogos.


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