Número de mortos em Gaza já é superior a 1.600, a maioria civis

Operações israelenses se intensificaram na última noite.
Ataques foram concentrado na cidade de Rafah.


EFE

Cerca de 104 palestinos morreram na sexta-feira (1º) na Faixa de Gaza, o que situa o número de mortos em 1.610 e os feridos em 8.750 desde o início da operação militar israelense "Limite Protetor", no dia 8 de julho, informaram neste sábado (2) fontes médicas do território palestino.

Ashraf al-Qedra, o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, repetiu, mais uma vez durante o desenvolvimento da ofensiva, que dois terços das vítimas são civis, inclusive crianças, mulheres e idosos.

Visão geral dos danos na histórica mesquita al-Omeri, no norte da Faixa de Gaza. (Foto: Mohammed Abed / AFP Photo)Visão geral dos danos na histórica mesquita al-Omeri, no norte da Faixa de Gaza. (Foto: Mohammed Abed / AFP Photo)

As operações israelenses na Faixa de Gaza se intensificaram durante a última noite e o início da madrugada deste sábado, especialmente na cidade de Rafah, no sul do território palestino. Os militares israelenses estão à procura de um soldado que, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), foi capturado nessa região.

Efetivos da polícia palestina garantiram que os aviões de guerra e os carros de combate israelenses atacaram com intensidade vários edifícios ao longo do pequeno território da Faixa de Gaza.

Os moradores locais relataram que a última noite foi "horrível", com barulho constante de drones e explosões.

Os ataques ocorrem após o desaparecimento do subtenente Hadar Goldin, 23 anos, na zona de Rafah, provavelmente capturado por militantes palestinos. Na mesma ação, dois soldados israelenses foram mortos.

As Brigadas Ezzedine al-Qassam - braço armado do Hamas - afirmaram neste sábado que "não têm informações sobre esse militar". "Perdemos contato com um de nossos grupos de combatentes que luta no setor onde desapareceu o soldado e é possível que nossos combatentes, assim como esse soldado, tenham sido mortos".

Negociações

Uma delegação palestina deve desembarcar neste sábado no Cairo para negociar uma trégua entre o movimento islamita palestino Hamas e Israel, um dia depois do fracasso de um cessar-fogo que deveria durar 72 horas.

Já Israel não enviará representantes às negociações, afirmou uma autoridade israelense, acusando os islaitas palestinos inimigos de enganar mediadores internacionais.

"O Hamas não está interessado em um compromisso", disse a autoridade sob condição de anonimato.


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