Em Bagdá, Hollande promete ajuda militar contra jihadistas

França fornece armas para curdos que combatem Estado Islâmico no Iraque.
Hollande seguirá para Curdistão para entregar ajuda humanitária.


France Presse

O presidente francês, François Hollande, prometeu nesta sexta-feira (12), em Bagdá, aumentar a ajuda militar ao Iraque, em meio aos esforços internacionais para deter os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), responsáveis por inúmeras atrocidades neste país e na Síria.

Hollande, que se reuniu com o presidente Fuad Massum e o primeiro-ministro Haidar al-Abadi, é o primeiro líder estrangeiro a visitar Bagdá desde o início, em 9 de junho, da ofensiva do EI, que assumiu grandes porções do território no Iraque, depois de ter feito o mesmo na vizinha Síria desde 2013.

"Vim a Bagdá para afirmar a disponibilidade da França para ajudar ainda mais o Iraque militarmente", declarou Hollande, que expressou o apoio da França ao governo iraquiano que "foi capaz de reunir todos os componentes do povo iraquiano".

Enquanto Abadi insistiu na importância do apoio aéreo para ajudar no combate aos jihadistas, o presidente francês declarou ter "ouvido esta demanda" e que "trabalha com nossos aliados em uma série de possibilidades".

A França fornece desde agosto armas para as forças curdas que combatem o EI no norte do Iraque.

Paris também manifestou a sua vontade de utilizar seus bombardeiros no Iraque "se necessário", como parte da estratégia anunciada quarta-feira à noite pelo presidente americano Barack Obama para "destruir" o grupo extremista.

Ameaça global

"A ameaça global (representada pelo EI) requer uma resposta global", ressaltou o chefe de Estado francês, acrescentando que a conferência internacional sobre o Iraque prevista para segunda-feira em Para deve ajudar a "coordenar as ações contra este grupo terrorista".

De acordo com a Agência Americana de Inteligência (CIA), o EI possui entre 20.000 e 31.500 combatentes na Síria e no Iraque, alguns dos quais recrutados a partir do estrangeiro.

Após Bagdá, Hollande seguirá para Erbil, capital da região autônoma do Curdistão (norte), para entregar ajuda humanitária e visitar um campo de deslocados.

Centenas de milhares de iraquianos, em sua grande maioria cristãos e yazidis, fugiram frente ao avanço dos jihadistas, acusados de crimes contra a humanidade pela ONU.

Onze anos após ter rejeitado se unir a Washington e Londres na invasão do Iraque, a França tenta voltar à cena neste país, com o qual mantém fortes laços históricos.

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