Guerra na Síria provocou mais de 200 mil mortes, diz ONG

Balanço é do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Mais de 202 mil pessoas morreram em quatro anos de conflito.


France Presse

A guerra na Síria provocou mais de 200 mil mortes em quase quatro anos, anunciou nesta terça-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Crianças aguardam dentro de trincheira cavada por familiares ao lado de um caminhão sob risco de ataque de morteiros pelo Estado Islâmico em Kobani, Síria. Dos 50 mil moradores, apenas 2 mil civis seguem no local lutando e esperando o fim do conflito (Foto: Jake Simkin/AP)Crianças aguardam dentro de trincheira cavada por familiares ao lado de um caminhão sob risco de ataque de morteiros pelo Estado Islâmico em Kobani, Síria. Dos 50 mil moradores, apenas 2 mil civis seguem no local lutando e esperando o fim do conflito (Foto: Jake Simkin/AP)

"Registramos a morte de 202.354 pessoas, das quais mais de 130 mil são beligerantes dos dois lados", afirma a organização, que tem uma ampla rede de fontes civis, militares e médicas no país.

Segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, "63.074 são civis, incluindo 10.377 crianças".

"Entre os combatentes anti-regime, 37.324 são rebeldes sírios e 22.624 são jihadistas não-sírios", indicou.

"No lado do regime, 44.237 soldados e 28.974 milicianos das Forças de Defesa Nacional, 624 membros do Hezbollah xiita libanês e 2.388 xiitas de outros países morreram neste conflito", acrescentou.

Também há 3.011 corpos não identificados.

O balanço, disse Rami Abdel Rahman, "é certamente maior do que os 200.000 registrados porque é impossível trabalhar em determinadas áreas controladas pelo regime ou pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI)".

Segundo ele, deve-se somar 300 mil pessoas detidas, incluindo 20 mil consideradas desaparecidas.

Além disso, milhares de pessoas, combatentes e civis, foram feitos reféns pelo EI e outros grupos que operam na Síria.

Para Abdel Rahman, "a comunidade internacional, ao não levar os assassinos ao Tribunal Penal Internacional, deu uma permissão implícita para matar".


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