Exército brasileiro produz asfalto e perfura poços


Rivadavia Severo

Porto Príncipe, 13 de Junho de 2008 - A Companhia de Engenharia do Exército Brasileiro é a encarregada das obras de infra-estrutura no Haiti para dar suporte às ações das Forças de Paz da ONU (Minustah).

A principal ação da Companhia é a produção de asfalto e a perfuração de poços artesianos, além de obras de terraplenagem, construção de zonas para pouso de helicópteros, transporte de material de construção para a acomodação das tropas do Nepal, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile, Equador, Sri Lanka, Paraguai, Filipinas, Guatemala e do próprio Brasil.

A produção de asfalto é feita para recapear parte de Porto Príncipe e para pavimentar a estrada que liga a capital à fronteira com a República Dominicana, em um trecho de 80 quilômetros. Até hoje foram asfaltados 36 quilômetros de rodovias no país.

A perfuração de poços artesianos busca a escassa água doce no país. Segundo dados do Exército, foram perfurados 26 poços, com 100 metros de profundidade em média. Cada poço abastece a 50 famílias. Outra ação da Companhia é a distribuição de água em caminhões pipas para escolas e orfanatos. Segundo dados do Exército, foram distribuíram 40 milhões de litros de água no país pela Companhia.

Dentro do Exército, a engenharia é dividida em dois grupos. A engenharia de combate e a engenharia de construção. O segundo faz obras como revestimento asfáltico e poços artesianos, basicamente, enquanto a de combate executa obras para a movimentação de tropas. O corpo também está preparado para construir pontes e ferrovias.

O novo comandante do batalhão, coronel Marcelo Pagotti, pretende ampliar as obras de infra-estrutura para melhorar a movimentação das tropas da ONU e dar condições mínimas de trafegabilidade no país. O contingente de 150 engenheiros militares está por ser reforçado em mais 100 integrantes, o que ampliaria a capacidade da Companhia.

O próprio presidente haitiano, René Préval, pediu que o Brasil aumente o número de engenheiros no país. No entanto, a ONU estabeleceu um teto de 7.061 efetivos no país e esse número não pode variar. A expectativa de Pagotti é que outros países cedam vagas para aumentar o contingente de engenheiros do Brasil.

A Companhia de Engenharia do Brasil que atende à Minustah é auxiliada por outra Companhia de engenheiros formado por equatorianos e chilenos que somam um contingente de 150 homens, dos quais 100 trabalham nas obras.

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