A guerra sem fim dos EUA

Praticamente durante toda a sua existência, a América do Norte leva a cabo guerras constantes: os seus soldados levam a democracia a diferentes cantos do mundo praticamente desde o início da existência dos EUA.


Maria Balyabina | Voz da Rússia

Talvez seja uma predisposição genética transmitida a todas as gerações de autoridades americanas pelos primeiros colonos. Inicialmente, os colonos lutaram pela formação do seu próprio Estado; depois, os habitantes do continente começaram a lutar entre si, exterminaram os índios, esmagaram revoltas de escravos. Depois, o Norte e o Sul zangaram-se definitivamente.


Mais tarde, quando os EUA se formaram, eles começaram a resolver as questões da política externa com a ajuda de tiros. Aqueles que tinham acabado de conquistar as terras aos aborígenes, começaram com a mesma facilidade a invadir outros países. Inicialmente, países vizinhos: México, Argentina, Peru, Cuba. Depois, os olhares dos EUA viraram-se para a China, Japão e Coreia.

As Filipinas, a Colômbia, o Panamá, a República Dominicana, a Costa Rica e, mais tarde, o Iraque e o Afeganistão, eis apenas parte do rol de países onde os EUA combateram abertamente. Mas, em comparação com os tempos do extermínio dos índios, os seus métodos mudaram um tanto: formalmente, o número de confrontos em que os EUA participaram diminuiu, mas os seus rastos são evidentes praticamente em todas as guerras da atualidade.

Um publicista americano calculou que, nos últimos 116 anos, os EUA realizaram guerras em metade desse tempo. Mas se se pensar bem e contar todos os casos de ingerência velada de Washington nos assuntos de outros países, certamente que o número aumentará significativamente.

Há 13 anos atrás, os EUA passaram a ter mais um papão, um argumento que justifica a invasão praticamente de qualquer país: o 11 de setembro. As autoridades escondem-se atrás da tragédia dos próprios cidadãos para começarem novas guerras.

“Não querem a repetição do 11 de setembro, não é?”, dizem elas. E, depois disso, começam a destruir os terroristas que, regra geral, se encontram onde há mais petróleo, gás e outras riquezas naturais.

Os EUA realizam semelhante política permanentemente e isso não depende das ideias políticas daqueles que num momento concreto se encontram no poder. Por isso, é difícil atribuir todas essas guerras a falhas diplomáticas gritantes. O mais provável é que os EUA simplesmente têm essa forma original de "dialogar".



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